quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Pensamento do dia

Porque é que a maior parte dos frutos é redonda?!:)

Novidades para os "Profes"

Quem corre esta corrida, verdadeiramente cansa-se, apesar de todo o gosto que se tenha e vocação inata, tanta agonia torna-se exaustiva. Mas perante um governo, vá, mais modestinho tendo em conta a sua minoria, parece que estão a ser vislumbrados alguns progressos. Em reunião com o Secretario de Estado da Educação, os Sindicatos conseguiram que se desse por terminada a divisão na carreira docente, o que vem acabar com um flagelo enorme, sim, porque foram incontáveis a vezes que vi professores chacoteando os coleguinhas na sala dos professores: "- Ah, tu cala-te, que eu sou titular e tu não!" Caros amigos, se em vez de andarem a brincar aos políticos, tomassem decisões sérias, isso sim, seria bom de ver. Não nego que esta divisão fosse um tanto absurda, mas numa carreira onde há tantos escalões, reduções por antiguidade, diferenças supostamente ao nível do saber científico entre professores da AECs, professores contratados e professores que já fazem parte da mobília, parece-me que este não seria o ponto mais delicado do actual ECD.
Parece-me a mim justo rever o acesso aos escalões, pois os professores têm formação contínua ao longo da carreira, a maior parte deles tem gosto por saber e vai melhorando as suas estratégias, portanto, terá o direito a subir na sua carreira, tal como um médico, um polícia, etc. Outro aspecto que espero sinceramente que mude é o da Prova de Ingresso à carreira. Admito que muitos de nós têm lacunas, que apenas serão colmatadas com a experiência, como em qualquer outra formação. Deverá ser um pedaço de papel decidir se estamos ou não aptos para cumprir a nossa função? E apesar de tudo, não será desumano decidir a vida profissional e, em muitos dos casos a pessoal, através do mesmo pedaço de papel, após anos de esforços? Não há maus profissionais em todas as categorias? Enumeraria centenas de nomes de maus políticos. Saberia identificar uns quantos maus médicos. Apontaria maus escritores. Até diria pelo menos um nome de um mau jornalista. E estas pessoas não assumem, na nossa sociedade, um papel preponderante no acesso à cultura, no nosso bem-estar, saúde e conduta. Então pergunto eu agora: "Porque é que, de um dia para o outro, os maus professores passaram a ser a origem do mal?" Talvez se se indagasse e se fosse à origem da formação destes profissionais, iriam dar com muitos maus Professores nas Universidades que nos formam, eu própria tive uns quantos diletantes excêntricos durante a minha formação inicial...
Espero profundamente que reavaliem esta decisão do Governo anterior e que apostem em testes deste género no início da formação superior, onde o caos se encontra instalado.
P.S. Só de pensar no que já batalhei e de haver a hipótese de ser afastada de tudo para o qual me formei através de uma folha de papel, dá-me calafrios... dos grandes.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Cura para a depressão?

Por mais que pareça impossível alguém como eu racionalizar... hoje, por entre conversas virtuais, discursos semi-ausentes, monólogos, diálogos e introspessões, cheguei a várias conclusões acerca desta tão afamada maleita dos tempos em que vivemos: a depressão. Aliás, após esta exposição, poderei inclusivamente ser proposta como candidata a um Nobel... ou não!:)


Acontece que conclui que grande parte de nós, parte singular da humanidade, temos o não muito singular hábito de reprimir emoções negativas. E tenho a certeza que se o Freud estivesse vivo diria: "- Ámen" (Sim porque eu e o Freud somos grandes amigos, ele é que ainda não foi notificado). A verdade é que somos, na grande maioria, coleccionadores de emoções não menos famosas como a inveja, o rancor, o remorso, o arrependimento, o receio do pensamento do outro (ouvi eu o Alvim esta semana dizer e concordo plenamente), a vergonha, o medo, a insensatez, a ira... e estaríamos aqui dias a fio a enumerar pecados mortais e afins. Ora, se todos nós vamos acumulando sentimentos tão negativos como estes, se não nos damos ao trabalho de exteriorizar as nossas emoções e ímpetos, tão racionais como irracionais, à luz do mínimo dos convencionalismos, como seremos felizes?

Se nos magoaram, e guardamos rancor, como retomaremos o laço dessa relação?

Se nos mentem e permitimos, como não seremos cúmplices dessa hipocrisia?

Se não nos abrimos, se não nos mostramos aos outros, com todos os nossos defeitos e virtudes, como poderemos mudar num sentido mais próximo da utópica perfeição?

Se não comunicamos, como poderemos alguma vez ser reais?


E mais que tudo, se apenas exteriorizamos a felicidade e nos inundamos dos sentimentos mais obscuros, como ostentamos sair dos estados que denominamos de depressivos?


Cura para a depressão? Na maior parte dos casos, saber comunicar (emitir e receber a mensagem evitando um mal maior)... tão simples quanto isso.





Direitos de autor reservados a Charles Schulz.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Prendas de Natal

Com o advento do Natal a bater à porta, a alma de muitos começa a encher-se de calor e do espírito de dádiva. Simultaneamente, damos connosco a pensar no que gostaríamos de receber pelo Natal. Sonhos... sonhos ninguém os paga e desde cedo a nossa capacidade de sonhar se tornou no nosso próprio "motor de busca". Sonhar faz-nos bem, faz-nos reagir, "comanda a vida" e é perante o vazio desse sonho, almejando tudo aquilo que não temos, ora o bem material, ora as emoções que gostaríamos de sentir, o ente querido que queríamos ter connosco ou a vida com que ambicionámos, que acabámos por nos sentir gratos, pela liberdade de sonhar e por aquilo que já temos.
É no ambiente desta época que ressuscitamos em nós as graças, e agradecemos por tudo aquilo que nos foi depositado na vida, o amor daqueles que mais admiramos, a companhia dos que nos aquecem a alma, os sorrisos daqueles a quem oferecemos parte de nós, a gargalhada da criança inocente e o sincero obrigado daquele a quem presenteamos apenas com a nossa presença. Isso sim, são as verdadeiras prendas de Natal, isso e a consciência de saber que temos tudo e que os sonhos apenas nos preenchem uma necessidade básica qualquer. Sonho sim, com algo de importante que preencheria a minha vida, mas agradeço, dia após dia, pelas minhas prendas, aquelas que foram aparecendo num cantinho, sem mesmo ainda ser Natal.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Chá singular

Qual chá da Índia, qual chá da Pérsia ou Chinês... Há chás que se tornam singulares, únicos, não pelo seu sabor,não pela sua origem ou tratamento, mas pelas emoções que nos provocam, esses chás únicos são resultado de companhias puramente ideais, as das pessoas que realmente nos dizem muito e que, por mais afastadas e silenciosas que pemanecessem, continuavam a sussurrar nos nossos corações.

Obrigada:)

Estrela D'Alva

Olhando o vazio da noite que cai lenta lá fora, recordo os passos que fui dando nesta terra agreste e sinto o quanto de mim ficou para trás. Consigo distinguir, por entre o infinito das estrelas, aquela que brilha mais para mim, embora longínqua e desapossada do seu domínio perante o número que se impõe. Sinto-a crescer em fulgor, na distância permanente que há entre nós e na ínfima réstia de luz que segue até mim... mas anseio o dia em que o brilho se tornará mais forte, a sua luz me iluminará no sentido das minhas devoções. E talvez aí, possa alcançar os sonhos que me foram prometidos, recuperar as ânsias que nestes dias se tornaram perdidas. No meu coração, muito ficou para trás, fechei os olhos às oportunidades imediatas para esperar, pacientemente, deste lado da janela, que a estrela atinja o seu extremo fulgor.