quinta-feira, 24 de setembro de 2009
À espera do tempo
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Manual da Revisitação
A abrir as portas sem trinco,
a olhar os poços sem fundo
e a galgar os caminhos sem retorno.
A olhar a sombra do que éramos na parede escura
E a apreciar a imagem irreflectida no espelho antes quebrado...
Relembro o que fomos, recrio-o no presente e projecto-nos para lá do que somos, num futuro que ainda desconhecemos.
A. Rocha
9 de Setembro de 2009
A "planta mesquinha"
Um tédio que inclui a antecipação só de mais tédio; a pena, já, de amanhã ter pena de ter tido pena hoje – grandes emaranhamentos sem utilidade nem verdade, grandes emaranhamentos...
... onde, encolhido num banco de espera da estação apeadeiro, o meu desprezo dorme entre o gabão do meu desalento...
... o mundo de imagens sonhadas de que se compõe, por igual, o meu conhecimento e a minha vida...
Em nada me pesa ou em mim dura o escrúpulo da hora presente. Tenho fome da extensão do tempo, e quero ser eu sem condições."
Salvador Dali. "The Three Sphinxes of Bikini", 1947
sábado, 5 de setembro de 2009
Augúrios do Rock e da Amiga
Depois de tanto sofrimento e de chicotada psicológica para com a classe do professorado (como se não bastassem as malas às costas, a subida na carreira é quase uma utopia - e perguntamo-nos nós: "Valerá a pena andar com as malas às costas?") vieram boas notícias: a promessa de um cumprimento mais activo do DL 3/2008 de 7 Janeiro, em que é definido o funcionamento da Educação Especial nas escolas regulares e, lato modo, abordada a temática da Inclusão das crianças com NEE no ensino regular. Tendo o normativo como premissa, é louvável que a Senhora Ministra prometa que serão abertas tantas vagas para a Educação Especial quanto as escolas necessitarem,
para além das mil que o senhor Valter Lemos promete também abrir ainda antes do início do ano lectivo.
Sim senhor, bom para as crianças com NEE e bom para os professores da educação especial, que vêem, assim, a sua vocação/função ser valorizada. Mas teria sido optimizada esta medida se as vagas tivessem ido a concurso quando efectivamente eram necessárias, no entanto as manobras de diversão para vincular o menor número de professores possível e para primar pela precariedade no interior da carreira docente, optando por anunciar as vagas a concurso apenas no período de contratação pelas necessidades transitórias e OE deixa um ligeiro cheiro a esturro. Agora, resta também trabalhar com a maioria, isto é, não olvidar que o descontentamento dos professores de outros grupos pedagógicos possa interferir com a sua vida profissional e até com a sua estabilidade emocional, prejudicando, consciente ou inconscientemente, as turmas que têm a seu cargo. A educação é a base de todo e qualquer ser humano e cidadão, se lhe tirarmos este valor que lhe foi conferido até mesmo pelos povos da antiguidade, perderemos bons humanos e bons cidadãos.
Apesar de tudo, num período pautado pelo desrespeito pela classe dos professores e pelos próprios alunos que acabaram por sentir o descontentamento dos educadores na pele, valha-nos o respeito por aqueles alunos que mais precisam de um acompanhamento profissional... Seguindo este caminho, a Inclusão social deixará de ser uma ideia para passar a ser uma realidade. Apesar de se denotar um enorme carácter de propaganda política nesta medida, ela é efectivamente urgente e se muitos julgam ser ineficaz, não o é, pois ficaram 6 por colocar nas listas, mas ainda muitos que, por motivos vários, viram a sua candidatura ser excluída e aqueles que terminam agora os cursinhos e que estão bem aptos e sedentos de entrar no mundo da Educação Especial.
E BIBA AS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS!!! (Começo a ponderar a criação de uma moção: legislativas todos os anos - e, cerca de dois meses antes, veríamos o País andar para a frente, ai se não veríamos).
Direitos reservados a "We have Kaos in the Garden" (http://wehavekaosinthegarden.wordpress.com)
Cansaço de não fazer nada...
Entre a chegada de férias, reformulações do quarto e visitas relâmpago às festas da Senhora da Agonia em Viana, idas ao rio e visitas à querida escola para levantar os menos queridos papéis para apresentar no tão nosso conhecido IEFP... chegou a monotonia, as idas intermitentes ao PC para preencher mais um bendito formulário electrónico das OE são o ponto mais alto de um dia marcado por pensamentos como: o que vou fazer para jantar? De que cor pinto as unhas? Será que tenho dinheiro até o fim do mês? Enfim... tudo isto cria uma enorme impavidez e por mais que a pergunta - "Já fazias o projecto para a Educação Especial, não?" - lateje neste cérebro esmiuçado, a vontade é muito pouca, a preguiça muita e inventam-se sempre desculpas e actividades paralelas para não nos embrenharmos em tamanha responsabilidade... Mas é hora de pormos mãos ao trabalho e com o Pré-projecto bem encaminhadinho, não há limites ou desemprego que pare esta minha nova paixão aliada a uma já bem antiguinha... a Educação Especial e a música(terapia).