quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O que não se sabe e fica sempre por dizer…



Com os últimos cortes e após saber que os Senhores Deputados não serão abrangidos pelos mesmos porque obviamente ganham muito menos do que eu e não podem sobreviver sem os seus 6.700€ adicionais, só me apraz fazer uma série de especulações.

- 1: Qual é o estatuto especial da função pública em que os Deputados da Assembleia entram para que não tenham de abdicar dos seus subsídio? Não deve ser do mesmo grupo de contratação especial que os professores, pois esses, nem subsídio, nem emprego, nem caducidade, nem nada…

- 2: Este ano, se por acaso tiver a sorte de conseguir um horário de substituição por licença de maternidade, trabalho 5 meses, dividindo o auferido pelos restantes meses do ano, ganho pouco mais que 500 euros mensais… Porque é que eu perco os subsídios? Claro, claro, eu não formo as mentes do futuro…

- 3: O que vou perder sem o meu subsídio? Nada demais. Queria um exaustor, que ainda não tenho, mas parece que o azulejo vai ter de continuar a acumular a gordura. Prendas, nenhumas, só nos saldos. Comida, tudo bem contadinho e sem margem para os devaneios naturais da época festiva. Aquecimento: A casa precisava de isolamento, e a luz está muito cara para ligar o aquecimento. Parece que este ano é só mantinhas.

-4: De que é que o senhor deputado não pode prescindir? Dos seus empregados, das suas mordomias, de um Natal em grande. De prendas para os filhos como carros topo de gama… enfim, todo o tipo de primeiras necessidades que nós, meros mortais, não podemos criticar, porque afinal, há que apertar o cinto e, em vez de um Audi, o senhor deputado irá comprar um Toyota Prius para a sua filha… Já cá nós, não nos queixemos muito que poderemos sempre dar uma caneca para o chocolate quente (receita com água em vez de leite e imitação de pantagruel).

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