Hoje, sou só eu… eu e os espectros dos que já
cá andaram e por cá ficaram sem interferência alguma. Olham-nos, do
fundo das dimensões onde refratariamente existem e resistem e vão-nos
colocando a mão no rosto, sem que sintamos ou que a dormência dos dedos
deles os permitam experimentar a dor… a dor que nós, gente, de carne e
osso, condenados a habitar o mesmo espaço, limitados às funções dos
nossos corpos efémeros e obrigatoriamente resignados às regras que sobre
nós se impõem… e, assim, de um dia para outro, somos tal qual aqueles
espectros dormentes que vagueiam no limbo e no espaço nulo, com a
desvantagem de estarmos presos a este corpo e a um destino inconclusivo...
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