segunda-feira, 23 de abril de 2012

...

Hoje, sou só eu… eu e os espectros dos que já cá andaram e por cá ficaram sem interferência alguma. Olham-nos, do fundo das dimensões onde refratariamente existem e resistem e vão-nos colocando a mão no rosto, sem que sintamos ou que a dormência dos dedos deles os permitam experimentar a dor… a dor que nós, gente, de carne e osso, condenados a habitar o mesmo espaço, limitados às funções dos nossos corpos efémeros e obrigatoriamente resignados às regras que sobre nós se impõem… e, assim, de um dia para outro, somos tal qual aqueles espectros dormentes que vagueiam no limbo e no espaço nulo, com a desvantagem de estarmos presos a este corpo e a um destino inconclusivo...
 

Sem comentários: