19/20 de Julho - Óbidos
Mercado Medieval
Este era o último Fim-de-semana em que o Município (organizadíssimo, diga-se de passagem), de Óbidos levava à cena, na cidade muralhada, o Mercado Medieval, este ano apoiado nos temas do Amor e Guerra.
Os do costume - eu, o Paulo, o João e a Paula - decidimos visitar esta Feira, visto que somos visitantes assíduos da concorrente em Santa Maria da Feira, tínhamos uma enorme curiosidade em ver como outras terras e outros povos tomavam este tipo de actividades de recriação.
Partimos pela manhã, seriam umas 10h 30m. O caminho foi moroso, o clima estava bastante quente e, para poupar nas portagens, decidimos fazer a viagem até Leiria pelas Estradas Nacionais, seria impossível aguentar o percurso por Auto-estradas, porque não seria possível abrir os vidros. O percurso fez-se bme, ainda que a viagem tenha sido, de veras, cansativa e seriam cerca de 14h quando chegamos às Caldas da Rainha, onde ficaríamos alojados. Almoçámos no Parque e partimos à procura da Residencial (e a Andreia - eu - decidiu ficar a "pascaçar" para a fachada de uma casa e espetou-se toda contra um meco de cimento. Magoei-me e bem, já fui lesionada para Óbidos, mas são coisas que acontecem).
Descobrimos a Residencial e, o mais depressa que pudemos, estabelecemos uma conversa com o simpático dono, travámos conhecimento, subimos aos quartos apressadamente para deixar as malas e partirmos em fúria para "Oppidum".
Cerca das 17h 30m chegámos, estacionámos sem qualquer dificuldade e pudemos apreciar os cenáros sem cotoveladas, porque apesar do número de pessoas não ser pequeno, havia muito espaço.
Óbidos era a mesma cidade de sempre - as casas tradicionais, pequenas brancas e azuis, "habitadas" por lojas de artesanato para os mais variados gostos. Repetiam-se as meninas, em trajes medievais, que serviam a famosa Ginja de óbidos em copo de Chocolate... hummmmmm :p (parecia o "mon cherri" sem aquela cereja remelosa;)
Entrámos no dito mercado, depois de percorrermos a longa "Rua Direita" até à entrada do Castelo. Eis que nos surge um casal amistoso de curandeiros que queriam ajudar a população nas suas maleitas. Mas que representação fizeram...! De facto, fizeram-nos tornar no tempo, às ruas das cidades medievais. Foi neste aspecto que esta feira ficou a ganhar, na animação ao longo dos espaços.
Seguidamente, pudémos deliciar-nos com artesanato marroquino, peças muito, muito belas, mas também muito caras, por isso, fiquei mesmo com elas gravadas na memória, nada mais;)
Foi pouco antes da 19h, que descemos até ao acampamento dos soldados (uma longa caminhada), onde o ambiente estava perfeito, aliás, esta feira tornou também a ganhar pelo realismo dos espaços recriados. Nesta zona assistimos a cerca de 1h de torneios (Justas medievais). Apesar de bastante longo, o espectáculo foi pautado por enorme fidelidade às tradições medievas, como os jogos realizados, a indumentária dos cavaleiros, os dizeres d'el Rei, atc. Mas não é possível tecer comentários, sem mencionar o profissionalismo com que os cavaleiros (principalmente um de nome Olivier) encarnaram as suas personagens. O público também se mostrou entusiasmado e colaborou na recriação, o máximo que pôde. A encenação das justas foi muito curiosa, apenas pecou pela escassez de lugares sentados (num espectáculo com mais de uma hora e com uma perna lesionada, no final só queria era dormir):)
Deixámos passar um pouco o reboliço das pessoas, no final das justas, para nos dirigirmos à zona da alimentação da Feira. Divinal, as tabernas estavam implantadas em casas-cenário, mesmo junto ao Castelo. Cheirava a carnes assadas e espalhavam-se, por toda a área, os músicos encarregados de animar a feira, vindos de várias zonas do globo. Respirava-se animação, a música espelhava esse estado e os estômagos fartos também:)
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