Tornei-me uma máquina do racionalismo, por entre todas aquelas que se arrastam no mundo lá fora. Faço o que é conveniente, torno-me convencional, corro os trilhos traçados por outros como se fossem meus. Mas numa negação estridente faço tudo isto, faço-o numa necessidade de me enquadrar numa sociedade que já pouco ou nada me diz; faço-o para não me salientar pela diferença; faço-o para não ser olhada como rebelde... mas faço-o com desdém.
Olho os que me rodeiam repetir os automatismos que outros acharam por bem institucionalizar. Mas eu não decidi assim... quem decidiu então por mim?
Desejo ainda encontrar emoções que não encontrei. Desejo ainda experimentar o que não experimentei. Anseio ainda olhar para dentro de mim e saber o que eu realmente quero... Mas tenho a certeza que não quero ser convencional, não quero fazer parte dos alienados carneiros que seguem o mau pastor.
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