quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Cura para a depressão?

Por mais que pareça impossível alguém como eu racionalizar... hoje, por entre conversas virtuais, discursos semi-ausentes, monólogos, diálogos e introspessões, cheguei a várias conclusões acerca desta tão afamada maleita dos tempos em que vivemos: a depressão. Aliás, após esta exposição, poderei inclusivamente ser proposta como candidata a um Nobel... ou não!:)


Acontece que conclui que grande parte de nós, parte singular da humanidade, temos o não muito singular hábito de reprimir emoções negativas. E tenho a certeza que se o Freud estivesse vivo diria: "- Ámen" (Sim porque eu e o Freud somos grandes amigos, ele é que ainda não foi notificado). A verdade é que somos, na grande maioria, coleccionadores de emoções não menos famosas como a inveja, o rancor, o remorso, o arrependimento, o receio do pensamento do outro (ouvi eu o Alvim esta semana dizer e concordo plenamente), a vergonha, o medo, a insensatez, a ira... e estaríamos aqui dias a fio a enumerar pecados mortais e afins. Ora, se todos nós vamos acumulando sentimentos tão negativos como estes, se não nos damos ao trabalho de exteriorizar as nossas emoções e ímpetos, tão racionais como irracionais, à luz do mínimo dos convencionalismos, como seremos felizes?

Se nos magoaram, e guardamos rancor, como retomaremos o laço dessa relação?

Se nos mentem e permitimos, como não seremos cúmplices dessa hipocrisia?

Se não nos abrimos, se não nos mostramos aos outros, com todos os nossos defeitos e virtudes, como poderemos mudar num sentido mais próximo da utópica perfeição?

Se não comunicamos, como poderemos alguma vez ser reais?


E mais que tudo, se apenas exteriorizamos a felicidade e nos inundamos dos sentimentos mais obscuros, como ostentamos sair dos estados que denominamos de depressivos?


Cura para a depressão? Na maior parte dos casos, saber comunicar (emitir e receber a mensagem evitando um mal maior)... tão simples quanto isso.





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