quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Jantares Natalícios

Pois é, não há grandes novidades, mas há vida social e quando se junta o "Triodemira" da especialização em Educação Especial, pronto, só dá num jantarinho bem animado, gargalhadas e cusquices à mistura e um matar de saudades impagável. Só tenho a dizer, tal como o meu amiguinho Fernando Pessoa "O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis" E estes momentos resumem-se tão bem nesta citação. :)





Gostei muito de vos conhecer:)

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Prendinhas do Pai Natal

Como se não fosse uma prenda suficientemente boa os Metallica nos brindarem com a sua presença para o próximo ano (http://www.musica.iol.pt/noticias/metallica-concerto-pavilhao-atlantico/1109017-3378.html), os jovens não vão estar incluidos em cartazes de festivais, mas sim, a tocar por mote próprio no Pavilhão Atlântico. E adivinhem o que o Pai Natal me trouxe??? Bilhetinhos:) hihi

... and a happy new year...

Apesar de já estar confinada a estas quatro paredes há já algum tempo, ainda não tinha cheirado a férias, por entre responsabilidades familiares, um projecto de fim de curso em mãos (e bastante trabalhoso, por sinal) e ainda a expectativa de cumprir minimamente bem os papéis de namorada e de amiga, o tempo escasseava e havia sempre alguma coisa para fazer no dia seguinte. Por isso não houve desejos de Feliz Natal nem uma visita assídua a este blogue... com o projecto defendido a 18 de Dezembro e o tempo dividido entre as compras características da época e a organização do lar, só houve oportunidade para umas pobres sms. Mas ainda venho a tempo dos votos de um feliz ano de 2010. O que desejo? Para todos, um ano repleto de alegrias, de obstáculos q.b. para que possamos sempre valorizar cada conquista e cada vitória. Se não todos, alguns dos sonhos idealizados ao toque das doze badaladas e uma vida recheada das mais nobres emoções e da presença dos que mais prezamos. Por experiência do ano que passou e destes últimos que têm marcado o meu percurso... que os percalços não vos desanimem... efectivamante, perante alguns factos e situações, sentimo-nos os seres mais impotentes, sentimos que nada mais pode ser feito e que não há resolução possível a não ser resignamo-nos à nossa mágoa e desânimo. Mas, por mais que seja um cliché, tudo acontece por um motivo e se muitas vezes os obstáculos surgem, estes servem para nos fazer esperar, pois algo maior do que as efémeras conquistas está reservado para nós... eu não sabia e afinal, havia um plano superior para mim... maior que um emprego e maior que uma casa... um futuro:) A todos, um 2010 inspirador!

Beijos e abraços
A. Rocha



sábado, 19 de dezembro de 2009

O dia que há-de vir

Há dias em que percebemos efectivamente o quão maravilhosa é a vida. Um dia insistimos em tropeçar e cair, por vezes levantamo-nos, outras vezes detemo-nos no chão, esperando um novo começo, alguém que nos estenda a mão. Recuperamos do tombo e, por vezes, nem a feridas estão saradas e tornamos a cair, o desalento toma-nos, tornamo-nos fechados na nossa própria mágoa e muito de nós se vai perdendo nessas batalhas, que por vezes parecem infindáveis. Viram-nos as costas, fecham-se portas e oportunidades, desvalorizam-nos, chacoteiam-nos, rebaixam-nos até ao chão e mesmo quando já estamos a aprender a lidar com a mágoa, a vida surpreende-nos: oferece-nos prendas de valor inestimável, pessoas irrepetíveis, maravilhosas retribuições por todo o nosso esforço, por termos sobrevivido, apesar das arduras... é por isto que todos os dias nos levantamos, mesmo quando o sol não sorri muito... à espera daquele dia que há-de vir... Não foi por acaso que Pandora não libertou a esperança...

:)



Fonte da Imagem: http://media.photobucket.com/image/hope/psalmsofjoy/hope-1.jpg?o=50

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Pensamento do dia

Porque é que a maior parte dos frutos é redonda?!:)

Novidades para os "Profes"

Quem corre esta corrida, verdadeiramente cansa-se, apesar de todo o gosto que se tenha e vocação inata, tanta agonia torna-se exaustiva. Mas perante um governo, vá, mais modestinho tendo em conta a sua minoria, parece que estão a ser vislumbrados alguns progressos. Em reunião com o Secretario de Estado da Educação, os Sindicatos conseguiram que se desse por terminada a divisão na carreira docente, o que vem acabar com um flagelo enorme, sim, porque foram incontáveis a vezes que vi professores chacoteando os coleguinhas na sala dos professores: "- Ah, tu cala-te, que eu sou titular e tu não!" Caros amigos, se em vez de andarem a brincar aos políticos, tomassem decisões sérias, isso sim, seria bom de ver. Não nego que esta divisão fosse um tanto absurda, mas numa carreira onde há tantos escalões, reduções por antiguidade, diferenças supostamente ao nível do saber científico entre professores da AECs, professores contratados e professores que já fazem parte da mobília, parece-me que este não seria o ponto mais delicado do actual ECD.
Parece-me a mim justo rever o acesso aos escalões, pois os professores têm formação contínua ao longo da carreira, a maior parte deles tem gosto por saber e vai melhorando as suas estratégias, portanto, terá o direito a subir na sua carreira, tal como um médico, um polícia, etc. Outro aspecto que espero sinceramente que mude é o da Prova de Ingresso à carreira. Admito que muitos de nós têm lacunas, que apenas serão colmatadas com a experiência, como em qualquer outra formação. Deverá ser um pedaço de papel decidir se estamos ou não aptos para cumprir a nossa função? E apesar de tudo, não será desumano decidir a vida profissional e, em muitos dos casos a pessoal, através do mesmo pedaço de papel, após anos de esforços? Não há maus profissionais em todas as categorias? Enumeraria centenas de nomes de maus políticos. Saberia identificar uns quantos maus médicos. Apontaria maus escritores. Até diria pelo menos um nome de um mau jornalista. E estas pessoas não assumem, na nossa sociedade, um papel preponderante no acesso à cultura, no nosso bem-estar, saúde e conduta. Então pergunto eu agora: "Porque é que, de um dia para o outro, os maus professores passaram a ser a origem do mal?" Talvez se se indagasse e se fosse à origem da formação destes profissionais, iriam dar com muitos maus Professores nas Universidades que nos formam, eu própria tive uns quantos diletantes excêntricos durante a minha formação inicial...
Espero profundamente que reavaliem esta decisão do Governo anterior e que apostem em testes deste género no início da formação superior, onde o caos se encontra instalado.
P.S. Só de pensar no que já batalhei e de haver a hipótese de ser afastada de tudo para o qual me formei através de uma folha de papel, dá-me calafrios... dos grandes.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Cura para a depressão?

Por mais que pareça impossível alguém como eu racionalizar... hoje, por entre conversas virtuais, discursos semi-ausentes, monólogos, diálogos e introspessões, cheguei a várias conclusões acerca desta tão afamada maleita dos tempos em que vivemos: a depressão. Aliás, após esta exposição, poderei inclusivamente ser proposta como candidata a um Nobel... ou não!:)


Acontece que conclui que grande parte de nós, parte singular da humanidade, temos o não muito singular hábito de reprimir emoções negativas. E tenho a certeza que se o Freud estivesse vivo diria: "- Ámen" (Sim porque eu e o Freud somos grandes amigos, ele é que ainda não foi notificado). A verdade é que somos, na grande maioria, coleccionadores de emoções não menos famosas como a inveja, o rancor, o remorso, o arrependimento, o receio do pensamento do outro (ouvi eu o Alvim esta semana dizer e concordo plenamente), a vergonha, o medo, a insensatez, a ira... e estaríamos aqui dias a fio a enumerar pecados mortais e afins. Ora, se todos nós vamos acumulando sentimentos tão negativos como estes, se não nos damos ao trabalho de exteriorizar as nossas emoções e ímpetos, tão racionais como irracionais, à luz do mínimo dos convencionalismos, como seremos felizes?

Se nos magoaram, e guardamos rancor, como retomaremos o laço dessa relação?

Se nos mentem e permitimos, como não seremos cúmplices dessa hipocrisia?

Se não nos abrimos, se não nos mostramos aos outros, com todos os nossos defeitos e virtudes, como poderemos mudar num sentido mais próximo da utópica perfeição?

Se não comunicamos, como poderemos alguma vez ser reais?


E mais que tudo, se apenas exteriorizamos a felicidade e nos inundamos dos sentimentos mais obscuros, como ostentamos sair dos estados que denominamos de depressivos?


Cura para a depressão? Na maior parte dos casos, saber comunicar (emitir e receber a mensagem evitando um mal maior)... tão simples quanto isso.





Direitos de autor reservados a Charles Schulz.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Prendas de Natal

Com o advento do Natal a bater à porta, a alma de muitos começa a encher-se de calor e do espírito de dádiva. Simultaneamente, damos connosco a pensar no que gostaríamos de receber pelo Natal. Sonhos... sonhos ninguém os paga e desde cedo a nossa capacidade de sonhar se tornou no nosso próprio "motor de busca". Sonhar faz-nos bem, faz-nos reagir, "comanda a vida" e é perante o vazio desse sonho, almejando tudo aquilo que não temos, ora o bem material, ora as emoções que gostaríamos de sentir, o ente querido que queríamos ter connosco ou a vida com que ambicionámos, que acabámos por nos sentir gratos, pela liberdade de sonhar e por aquilo que já temos.
É no ambiente desta época que ressuscitamos em nós as graças, e agradecemos por tudo aquilo que nos foi depositado na vida, o amor daqueles que mais admiramos, a companhia dos que nos aquecem a alma, os sorrisos daqueles a quem oferecemos parte de nós, a gargalhada da criança inocente e o sincero obrigado daquele a quem presenteamos apenas com a nossa presença. Isso sim, são as verdadeiras prendas de Natal, isso e a consciência de saber que temos tudo e que os sonhos apenas nos preenchem uma necessidade básica qualquer. Sonho sim, com algo de importante que preencheria a minha vida, mas agradeço, dia após dia, pelas minhas prendas, aquelas que foram aparecendo num cantinho, sem mesmo ainda ser Natal.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Chá singular

Qual chá da Índia, qual chá da Pérsia ou Chinês... Há chás que se tornam singulares, únicos, não pelo seu sabor,não pela sua origem ou tratamento, mas pelas emoções que nos provocam, esses chás únicos são resultado de companhias puramente ideais, as das pessoas que realmente nos dizem muito e que, por mais afastadas e silenciosas que pemanecessem, continuavam a sussurrar nos nossos corações.

Obrigada:)

Estrela D'Alva

Olhando o vazio da noite que cai lenta lá fora, recordo os passos que fui dando nesta terra agreste e sinto o quanto de mim ficou para trás. Consigo distinguir, por entre o infinito das estrelas, aquela que brilha mais para mim, embora longínqua e desapossada do seu domínio perante o número que se impõe. Sinto-a crescer em fulgor, na distância permanente que há entre nós e na ínfima réstia de luz que segue até mim... mas anseio o dia em que o brilho se tornará mais forte, a sua luz me iluminará no sentido das minhas devoções. E talvez aí, possa alcançar os sonhos que me foram prometidos, recuperar as ânsias que nestes dias se tornaram perdidas. No meu coração, muito ficou para trás, fechei os olhos às oportunidades imediatas para esperar, pacientemente, deste lado da janela, que a estrela atinja o seu extremo fulgor.


sábado, 17 de outubro de 2009

(Im)possibilidade de ser feliz!

Não há sentimento mais inexplicavelmente complexo e simultâneamente desafiador do que o da extrema felicidade. Do verdadeiro e puro sentimento de felicidade que nos absorve e nos consome. Nos toma todos por inteiros e nos transporta para um novo mundo. Leva-nos a percepcionar a realidade que já outrora existia de uma forma completamente reveladora e dá-nos assas para voar, para sonhar, num mundo cinzento onde isso é já praticamente impossível.
Não há sentimento mais lancinante que o sentimento de perda de quando nos arrebatam a possibilidade de sermos felizes.
:(

sábado, 10 de outubro de 2009

Vícios!

É isto que faço antes de ir para a cama... Ei, que estavam a pensar?? Jogo Mahjong e gosto de ver o fogo de artifício no final, só para mim!:)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Bonecos que falam e sentem como nós

E se tivesse uma carteira bem recheada, já tinha uma caixinha, cá em casa, cheia de DVDs de animação do Tim Burton, porque de facto, os filmes são singulares. O último, onde Tim divide esforços com Timur Bekmambetov na sua produção, intitula-se "9". Um filme realizado por Shane Acker, versão estendida de uma curta metragem de 2005 nomeada então para os Óscares. Vale muito a pena!

Retrata a história de uma humanidade destruída devido aos avanços tecnológicos que, progressivamente, se tornaram perniciosos. Um cientista ganha então reconhecimento por construir uma inovadora máquina que possibilitava a criação de qualquer bem necessário, mas o seu criador apercebeu-se de que a máquina não teria qualquer réstia de humanidade. Posto isto, políticos ambiciosos tomam posse da mesma e a humanidade, tal qual a conhecemos, desaparece, restando apenas miniaturas animadas que reservaram em si as emoções do seu criador...


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

À espera do tempo

Porque o tempo insiste em não passar e demorar, aqui, neste meu pedaço de mundo... vou contemplando a vida que passa lá fora.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Manual da Revisitação

Dou comigo e com os meus muitos eus, sempre a revisitar os locais onde outrora fomos felizes...

A abrir as portas sem trinco,
a olhar os poços sem fundo
e a galgar os caminhos sem retorno.

A olhar a sombra do que éramos na parede escura
E a apreciar a imagem irreflectida no espelho antes quebrado...

Relembro o que fomos, recrio-o no presente e projecto-nos para lá do que somos, num futuro que ainda desconhecemos.

A. Rocha
9 de Setembro de 2009


Picasso: Girl Before a Mirror

A "planta mesquinha"

"Saber que será má a obra que se não fará nunca. Pior, porém, será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta mesquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. Essa planta é a alegria dela, e também por vezes a minha. O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto me basta, ou me não basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda a vida.
Um tédio que inclui a antecipação só de mais tédio; a pena, já, de amanhã ter pena de ter tido pena hoje – grandes emaranhamentos sem utilidade nem verdade, grandes emaranhamentos...
... onde, encolhido num banco de espera da estação apeadeiro, o meu desprezo dorme entre o gabão do meu desalento...
... o mundo de imagens sonhadas de que se compõe, por igual, o meu conhecimento e a minha vida...
Em nada me pesa ou em mim dura o escrúpulo da hora presente. Tenho fome da extensão do tempo, e quero ser eu sem condições."

(F. Pessoa, Livro do Desassossego)


Por isso trato desta minha "planta mesquinha." Porque é a minha alegria e a de, embora parcas, algumas almas que a tocam e que, com ela, rejubilam ou se compadecem. É a projecção mais ambiciosa do meu ser, das emoções que por vezes enuncio na complexidade de um lexema. Por isso me entristece toda a palavra que se disse e se não disse e que a tornou ainda mais débil naquele vaso que ocupa, em lugar nenhum, aqui, neste pedaço de mundo. Tudo o que atente, àquele reflexo espelhado do que sou ou que almejaria ser, do que sinto ou simplesmente gostaria de não sentir, da complexidade do meu âmago, da futilidade dos meus pensamentos, da expressão efémera das minhas palavras inúteis e sem arte, torna-me mais fraca... Dissertações diarísticas ou não, esta é a planta que projecta a minha sensibilidade, a debilidade da minha alma.



Salvador Dali. "The Three Sphinxes of Bikini", 1947

sábado, 5 de setembro de 2009

Augúrios do Rock e da Amiga

Cara Senhora Ministra da Educação:

Depois de tanto sofrimento e de chicotada psicológica para com a classe do professorado (como se não bastassem as malas às costas, a subida na carreira é quase uma utopia - e perguntamo-nos nós: "Valerá a pena andar com as malas às costas?") vieram boas notícias: a promessa de um cumprimento mais activo do DL 3/2008 de 7 Janeiro, em que é definido o funcionamento da Educação Especial nas escolas regulares e, lato modo, abordada a temática da Inclusão das crianças com NEE no ensino regular. Tendo o normativo como premissa, é louvável que a Senhora Ministra prometa que serão abertas tantas vagas para a Educação Especial quanto as escolas necessitarem,


para além das mil que o senhor Valter Lemos promete também abrir ainda antes do início do ano lectivo.

Sim senhor, bom para as crianças com NEE e bom para os professores da educação especial, que vêem, assim, a sua vocação/função ser valorizada. Mas teria sido optimizada esta medida se as vagas tivessem ido a concurso quando efectivamente eram necessárias, no entanto as manobras de diversão para vincular o menor número de professores possível e para primar pela precariedade no interior da carreira docente, optando por anunciar as vagas a concurso apenas no período de contratação pelas necessidades transitórias e OE deixa um ligeiro cheiro a esturro. Agora, resta também trabalhar com a maioria, isto é, não olvidar que o descontentamento dos professores de outros grupos pedagógicos possa interferir com a sua vida profissional e até com a sua estabilidade emocional, prejudicando, consciente ou inconscientemente, as turmas que têm a seu cargo. A educação é a base de todo e qualquer ser humano e cidadão, se lhe tirarmos este valor que lhe foi conferido até mesmo pelos povos da antiguidade, perderemos bons humanos e bons cidadãos.

Apesar de tudo, num período pautado pelo desrespeito pela classe dos professores e pelos próprios alunos que acabaram por sentir o descontentamento dos educadores na pele, valha-nos o respeito por aqueles alunos que mais precisam de um acompanhamento profissional... Seguindo este caminho, a Inclusão social deixará de ser uma ideia para passar a ser uma realidade. Apesar de se denotar um enorme carácter de propaganda política nesta medida, ela é efectivamente urgente e se muitos julgam ser ineficaz, não o é, pois ficaram 6 por colocar nas listas, mas ainda muitos que, por motivos vários, viram a sua candidatura ser excluída e aqueles que terminam agora os cursinhos e que estão bem aptos e sedentos de entrar no mundo da Educação Especial.

E BIBA AS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS!!! (Começo a ponderar a criação de uma moção: legislativas todos os anos - e, cerca de dois meses antes, veríamos o País andar para a frente, ai se não veríamos).


Direitos reservados a "We have Kaos in the Garden" (http://wehavekaosinthegarden.wordpress.com)

Cansaço de não fazer nada...

É bem verdade que a monotonia entorpece a mente, mas se entorpece... "O cansaço de não fazer nada" deve ser uma das piores maleitas da humanidade e se bem que a expressão parece um tanto paradoxal, a verdade é que nos dá conta de uma realidade mais que comprovada... "o cansaço de não fazer nada" existe mesmo.
Entre a chegada de férias, reformulações do quarto e visitas relâmpago às festas da Senhora da Agonia em Viana, idas ao rio e visitas à querida escola para levantar os menos queridos papéis para apresentar no tão nosso conhecido IEFP... chegou a monotonia, as idas intermitentes ao PC para preencher mais um bendito formulário electrónico das OE são o ponto mais alto de um dia marcado por pensamentos como: o que vou fazer para jantar? De que cor pinto as unhas? Será que tenho dinheiro até o fim do mês? Enfim... tudo isto cria uma enorme impavidez e por mais que a pergunta - "Já fazias o projecto para a Educação Especial, não?" - lateje neste cérebro esmiuçado, a vontade é muito pouca, a preguiça muita e inventam-se sempre desculpas e actividades paralelas para não nos embrenharmos em tamanha responsabilidade... Mas é hora de pormos mãos ao trabalho e com o Pré-projecto bem encaminhadinho, não há limites ou desemprego que pare esta minha nova paixão aliada a uma já bem antiguinha... a Educação Especial e a música(terapia).


domingo, 23 de agosto de 2009

Um país de lés a lés...


Depois de percorrer, ainda que por mera passagem, as terras de Óbidos, Santa Maria da Feira e Vila do Conde, visitando as melhores feirinhas que por cá se fazem, foi a hora das férias, mas férias a sério.:)
De Milfontes a Vila Viçosa, de Vila Viçosa a Évora e de Évora a Viana do Castelo e, por fim, de Viana a Sever do Vouga, foi um tal galgar terra árida, estações de serviço e afins que, apesar do cansaço das viagens, nos fizeram sentir muito privilegiados por habitarmos este pequeno recanto à beira mar plantado.
E, como se não bastasse, a presença dos amigos é essencial e, apesar de termos seguido viagem sozinhos, fomos encontrando aquelas almas que nos tocam... o
Pedro, o Albano e a Liliana, a Teresinha e, já no final, a Anocas & Co. e a minha afilhadita e os papás marcaram presença em todos os sítios onde marcámos passo e tornaram estas férias ainda mais especiais. Obrigada:)


Nós:) "Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal." (F. Pessoa)



Três cromos à noite em Milfontes.


Vila Viçosa


Eu estive em Évora. Templo de Diana.


Me, Abano e sua"mais que tudo" @ Catedral de Évora.


Vá, só um sorrisinho... @ Capela dos Ossos (Évora)


Me e Teresa (forçada a tirar esta foto).


@ Sever do Vouga



domingo, 16 de agosto de 2009

O descanso do guerreiro

Enfim paz... ou espero eu que sim. Uma semana "fechada para obras", está bem?

Beijinho e boas férias para todos!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Deu-me cá uma nostalgia...

Olá!

Muitos dos meus contemporâneos e gerações adjacentes certamente têm na memória e relembram, com um certo carinho e nostalgia, os desenhos animados que nos acompanharam na infância. Eu simplesmente venerava "Os amigos do Gaspar"





E a música do Sérgio Godinho que servia de banda sonora, não fica atrás.



No entanto, na busca destes vídeos, deparei-me com um momento musical da "Rua Sésamo" simplesmente hilário, o qual nunca me saiu da cabeça e que, não vai muito tempo, provocou ataques de riso muito sérios (quase conducentes à asfixia:))

E um outro vídeo da "Rua Sésamo" que deixa muito a desejar pelos valores preconizados, é este... bons momentos:)


terça-feira, 11 de agosto de 2009

Andanças 2009

No rescaldo de um ano que, ora pautado pelas tristezas e graves depressões, ora pelas alegrias e pelos sorrisos que poderão ficar gravados nas nossas memórias, algo há a dizer: para o ano venha mais!!! Apesar do cansaço, das frustrações muitas vezes experienciadas, de momentos em que o sofrimento nos superou... o som dos sorrisos soou mais alto e a verdadeira felicidade de fazer o que se gosta, marcou, sem dúvida este ano diferente. Rendi-me às evidências e, de facto, nem sempre o caminho mais fácil é o ideal. Quantas rochas afastei do caminho? Quantas vezes fiquei retida na obrigação de recuperar fôlego? Quantas lágrimas não terei eu chorado? Mas quantos os sorrisos...? Milhentos... um ano diferente, com caminhos diferentes, um reencontro com um "eu" há muito perdido. Perdi gente pelo caminho, encontrei novos companheiros, reencontrei muitos perdidos, (re)aprendi a amar...
Muito mudou, e se a mudança traz sempre consigo inconvenientes e resistências, a verdade é que, nem sempre esta nos conduz a uma situação pior. E apesar de tudo "amanhã não seremos o que fomos / nem o que somos." Este ano, deixei de ser o que fui e dediquei-me à procura do que realmente sou, encontrei e agora é só esperar que um Deus distante atento a estes modestos pensamentos, lance sobre mim, as benesses da sua sorte...

Num ano assim, o tempo urgiu, mas as memórias ficam, gravadas nas objectivas das nossas máquinas...:) Obrigada por este ano...



Boas Férias para todos!

P.S. O slideshow tem musiquinha, basta carregar no símbolo:)

Mais uma sugestão

Kaiser Chiefs - Spanish Metal

quarta-feira, 29 de julho de 2009

All gone bad

Num momento de mais exasperada nostalgia, relembro que, durante as nossas vivências, muitos são os desapegos, os desassossegos, as desilusões, os desânimos e frustrações. Caímos, rolamos, retombamos e tornamo-nos a erguer com forças hercúleas para, no passo seguinte nos derrubarem outra vez... voltamos a cair... voltamos a erguer-nos, até que as forças se esgotem. Grande virtude humana esta...



Porém, as feridas vão ficando e se há cicatrizes que desaparecem à força de um tempo que passa e nos desgasta, há aquelas que de tão profundas, nos provocam dores lacinates, que são impossíveis de esconder. Por vezes, numa tentativa de negação descuidada, tentamos olvidar tudo o que perfurou esta fortaleza andante, mas não deixamos de relembrar, com nostalgia, o carinho dos minutos que, inadvertidamente, passavam efémeros...



Olhámo-nos de soslaio, atiramos palavras ao ar como se de balas se tratassem; cruzámos as nossas espadas sem nos olharmos nos olhos e ferimos... ferimos e fomos feridos.



Desvanecemo-nos, como pessoas, aos olhos uns dos outros... tornámo-nos animais sedentos de raiva, de rancor sem qualquer humildade, sem qualquer réstia, nos olhos e no coração, do que nos fez caminhar juntos... Tudo em vão... tudo por um orgulho desmedido e por um passado que não retorna.





Num dia as mãos cruzaram-se, no seguinte, o sentimento que as uniu, foi o mesma que as separou.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Conselhos Práticos

A pedido da fadinha madrinha (sim, porque eu sou a fadinha lamparina), um pedido, desde já bastante pertinente, decidi colocar, à disposição, dois folhetos que construi, com a ajuda das minhas parcas habilidades informáticas, para incluir num trabalho de Introdução à Deficiência Auditiva. Estes folhetos tinham, como finalidade, fornecer pequenas dicas a professores e alunos que tenham, nas suas classes, meninos surdos.

Espero que gostem e que, acima de tudo, possam ajudar alguém...

Beijinho


Folheto dirigido aos professores que têm, na sua aula, alunos surdos


Verso do Folheto



Folheto dirigido aos alunos que tenham coleguinhas surdos


Verso do folheto


B.D. Brasileira adaptada pelo Albano, que não sou muito dada a Photoshops

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Marés Vivas - 2009

Passados uns dias do mítico festival "Marés Vivas", organizado pela Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, aqui estou eu a fazer relatos.

O cartaz criava grandes expectativas, se criava, mas devo dizer, e retirando qualquer suspense que este post poderia vir a ter, essas expectativas não foram realmente alcançadas.



1.º Ponto: A organização

Como estes são os primeiros anos em que tão ilustres cartazes entram em cena numa zona tão fatástica como o Cabedelo, espero que a organização depreenda, com os seus erros, muitos ensinamentos. Um dos quais a(s) entrada(s). Ora, tendo em conta que o cartaz era sonante, não deveria ter a organização assumido a priori uma grande afluência e ter colocado mais do que uma entrada no recinto? Pois, era o que pensava, mas a organização preferiu optar pelo caos, as bichas em desalinho e com duvidosas permanências das pessoas (cheguei a perguntar mais do que uma vez: "Este não estava aqui pois não?), talvez numa técnica de marketing arrojada para criar algum suspense à entrada dos concertos. O que não foi divertido foi os "Lamb" a tocarem "Heaven" e "Gabriel" e eu juntamente com uma boa centena de pessoas, à margem (literalmente).

Outro ponto que causou uma enorme estranheza, o que se provou pelas vezes que a mesma pergunta ecoou: "Onde se trocam os bilhetes de três dias por pulseiras?"

- Lá dentro! - Replicava um alguém de dentro da cabina. Ora, julgava eu que, à entrada, após uns valentes apalpanços e reviravoltas estonteantes à minha mochila, lá fariam o obséquio de me dar o tão almejado ornamento. Mas não... à entrada do recinto, aguardava-nos mais uma fila (ou melhor, três) para que nos fosse possível trocar um bilhete por pulseiras azuis psicadélicas. Fui ver os Lamb e depois vim trocar os ditos cujos.



LAMB

Nunca os tinha visto ao vivo e devo, desde já, afirmar que a leveza em disco se iguala à leveza em palco. Para além da simpatia dos membros da banda, fica ainda a voz de Lou Rhodes inalterável, tendo em conta o frio que se fazia sentir.

(Outro aspecto a melhorar: toda a gente que vive em Vila Nova de Gaia pelo menos há meia duzinha de anos, já deve, certamente. ter-se apercebido que, tanto à beira-mar, como à beira-rio, tanto faz que seja Verão ou Inverno, faz frio... à noite faz frio! Então questiono-me porque é que se preocuparam tanto em vedar, com material opaco o lado da rua, para que ninguém assistisse de forma pirateada aos concertos, mas do lado que faz frio a sério, limitaram-se a vedar com uma rede... No lugar da organização, nem sequer o tinha feito, sempre teria ganho uns lugares a mais na assistência, haveria sempre quem gostasse de se refrescar:)

KAISER CHIEFS

Pela segunda vez tive oportunidade de assistir a um concerto destes nossos aliados, desta vez com mais algum repertório na língua. Devo admitir que a experiência ainda foi melhor que a primeira. A posição de cabeças de cartaz na abertura do festival potenciou um concerto memorável em que a interacção com o público foi das melhores a que assisti até hoje, a boa disposição imperou e a performance da banda não foi minimamente comprometida. Soaram êxitos e as parcas vozes presentes neste primeiro dia de festival entoavam os refrões mais ou menos conhecidos de "Ruby", "I Predict a riot", etc.



2.º DIA

Mais filas...

Mais gente...

Menos espaço... É de recriminar novamente a organização pela falta de espaço, a escolha do local foi, obviamente muito boa, agora, a gestão de espaço, nem por isso.

Foi neste dia que soube, com toda a certeza que não quereria repetir este festival. Não que seja festivaleira em antiguidade, mas tive a oportunidade de estar presente em alguns festivais e deve admitir que o espírito não é o mesmo. Não que não fosse agradável o tempo que se passou, mas teria sido muito mais num outro festival. Pareceu-me que estava numa Queima das Fitas, em que as pessoas aproveitam baixos preços para assistirem a concertos de bandas que desconhecem por completo. Aproveita-se para tudo: ver tendas de equatorianos, flirts, beber, jogar matrecos, enquanto as bandas tocam, em som de fundo, como se fossem entretimento acessório. Não senti nada disto em mais nenhum festival, um desrespeito pela música que ali se fazia e uma total disparidade de objectivos de entre os presentes: uns buscavam diversão na música e ouros não estavam minimamente interessados no que ali se estava a desenvolver, não havia a harmonia comum pelo gosto da música. Sem qualquer espírito festivaleiro.


SCORPIONS

Após uma enorme confusão por causa dos cartazes do Marés Vivas, que coloco neste post para verem que não tenho a mania da perseguição, a organização ludibriou os presentes ao apresentar, em fonte maior o nome dos Scorpions como cabeças de cartaz. Mas não é que as estratégias baratas de marketing voltaram a ser accionadas e os Scorpions entram em palco em segundo lugar? Eram filas de casa de banho a desfazerem-se, pessoas a largarem tudo, a empurrarem namorados e filhos para tentarem arranjar um dos poucos locais de voa visibilidade para assistir ao concerto, enfim.

Porém, começou mal, mas acabou em beleza. Os Scorpions, apesar da idade e de não me agradarem assim tanto, é-lhes devido o mérito de um concerto pujante, de uma empatia entre banda e público e de performances dignas de perfeitos entertainers.

Os Guano Apes, nem os vi...:) Fui beber uma caipirinha.



3.º NOITE

Após tanto frio, tantas calcadelas, tanto empurrão, tanto desalento com um cartaz tão bom e um festival tão mal organizado... Decidimos não ir na 3.ª noite... até porque o cartaz... por favor, só se safavam os Keane e mesmo assim... não chegaram para me tirar do conforto do lar com a companhia da famelga e de umas caipirinhas de morango homemade:)



Apesar de tudo, bons concertos... Óptimo cartaz!



sábado, 11 de julho de 2009

... o Pedrocas é meu amigo...

... e um gajo bem informado...:) Sim, porque lê o jornal online e eu, para além de manuais escolares e livros acerca de deficiências, pouco ou nada leio. Aliás, sempre que olho para a minha cabeceira, lá está, numa paz inquietante e coberto de um singelo manto de pó "O ano da morte de Ricardo Reis", porque não tive tempo de o acabar... vai ser agora...:)
Mas, prosseguindo, o Pedrocas é meu amigo e sabe que eu me interesso por estes misticismos fomentados pelos clássicos, por isso, mandou-me uma agradável notícia do JN, publicada no dia de ontem, onde é anunciada a entrada em cena de uma peça teatral baseada no texto original de Eurípides, com tradução de Maria Helena da Rocha Pereira - "Medeia".:) Podem e devem ler a notícia aqui http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=1304047

A peça é levada a cabo pela companhia teatral "As boas raparigas", no Estúdio 0, no Porto (perto da estação de metro do Heroísmo), numa primeira fase, de 10 a 26 de Julho (de terça a sábado).
Eu gostaria muito de assistir, até porque contactei bastante com esta obra e o meu espírito crítico está no auge... Para além de que é raro, no nosso país, as companhias teatrais levarem, a cena, peças baseadas em textos da Antiguidade Clássica, o que me causa muito pesar, pois são obras sublimes, com mensagens muito actuais, perfeitas do ponto de vista literário e repletas de uma magia capaz de encantar qualquer ser humano. Verdadeiras obras de arte, descuradas todos os dias...

Sugiro então, para quem gosta de arte e de uma história que reflecte bem a influência das emoções na actuação humana, uma noite diferente em contacto com um dos mitos mais interessantes e, simultaneamente, mais grotescos da herança clássica. Só pelo argumento que Eurípides nos deixou, vale bem a pena!



Medeia, Delacroix

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Bandas Sonoras:)

Já que aqui estou, aproveito para deixar uma pequena sugestão!:)


Boa Música!

Balões e sardinha assada

Já lá vai o tempo em que podia visitar este nosso local de encontro com mais frequência... se bem que, com a proximidade do final do ano lectivo, desconfio que poderei voltar mais vezes...
No entanto, falemos do que interessa! Hoje é feriado no grande Porto, porque se festeja o dia de S. João, uma das festinhas mais importantes da cidade, talvez a mais importante até. Depois de muitos anos de planos furados, de algum pormenor que, como se diz na gíria "dava para o torto", decidimos ser espontâneos... "no dia decide-se!":) E seriam cerca de 23h quando decidimos: "Vamos para o Porto!" Ora, foi hora de mandar mensagem ao Pedro, à minha irmã, entretanto a Teresinha também mandou sms... Toca a apanhar o metro! Aquando da chegada ao Porto, éramos já quatro, aos quais se juntaram a Teresinha e o Rui e, posteriormente, um amigo do Pedro, do qual já não me lembro do nome (e isto seguramente não abona muito a meu favor).:)
Foi então uma corrida desenfreada, de arraial em arraial (casa de banho em casa de banho para alguns), uma paragem no "Tá-se bem" para uma ginja, traçados e afins. Marteladas para aqui, pés de dança para ali, alhos na boca, olhos e, graças a deus, mais nenhuma mucosa envolvida... e muita, muita gragalhada à mistura. Balões no ar e cheirinho a sardinha assada!
Em suma, não há nada como ser espontâneo!:) Bom S. João!


terça-feira, 14 de abril de 2009

A razão do desengano

Numa fugaz razão de instantes efémeros, tropecei no destino... cambaleei, tonta, olhando para trás, para a razão do meu desequilíbrio e não consigo deixar de a fixar. Perdi o rumo, sem tino, sem sorte que me afague, decidiram cortar o fio que me conduzia e agora, sou eu que mando e não sei liderar... deixei de ser marioneta e engodo do destino, mas não sei ser de forma diferente. À custa forçada de um desengano, fui arrastada por uma corrente que não a que conduzia o meu barco... e, à deriva, só... noto que a neblina esconde as minhas estrelas-guia, que as mãos se evaporaram e que muitas marés foram passando. Já nem sei qual a Lua que nascerá a seguir. De mãos no rosto, pausando neste mar de ideias avulsas, deixei o meu "eu" para trás e deve ser demais tarde para o recuperar... passei a ser indefinida, muitas pessoas numa só, traçados vários e nenhuma a esperança de me alcançar...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

How to save a life...

Respondendo aos "The Fray"... de várias formas...


Salvamos vidas todos os dias, provavelmente, a cada segundo e a cada atitude impensada nossa.


Tantas são as formas... Um telefonema naquele momento crucial; o brilho de um sorriso, quando mais precisávamos; aquele abraço bem aconchegado... Estar com aqueles que melhor nos fazem sentir. Um obrigado, quando precisávamos de ver os nossos esforços valorizados. Uma cócega para induzir um riso, mesmo que não passe disso - de um riso forçado. Uma gota de água no rosto, para nos sentirmos vivos. Um carinho sincero. Uma palavra doce. E assim, na mais humana das formas, acabamos por salvar vidas por, pura e simplesmente existirmos e termos marcado passo no trajecto daqueles que podem ser salvos...


... mas entrar tropeço e atrapalhado num soturno apartamento, onde a morte parece marcar passo, e chamar o INEM... essa não devia ser uma forma de salvar uma vida... Mas foi... e é... assim se salvam vidas...






quarta-feira, 8 de abril de 2009

Lost...

Já não sei qual o meu papel nessa peça que decidiste encenar...

terça-feira, 31 de março de 2009

Onde está o Wally?

Olá...




Desta vez trago um disparate, ou não. Há uns dias, ao fazer uma votação no blogue do projecto "À descoberta de Serafim", lembrei-me, inevitavelmente, daquela figura mítica da minha infância. Aquele jovem escanzelado, com óculos de massa, gorro e camisola às riscas vermelhas e brancas... e claro, a sua bengala... a verdade é que fui imediatamente invadida por uma nostalgia e apeteceu-me procurar o Wally e, por isso, neste post, vou pôr toda a gente à procura do Wally!:)


Visitem http://www.findwaldo.com/ e joguem online.


Ou, pura e simplesmente, deixem-me cometer um atentado ao direito de autor e postar uma das gravuras que tantas vezes nos deliciaram, roubaram tempos infinitos, causaram astigmatismo e morte precoce de células nervosas.:)





À tua procura...

Pé ante pé, senti-me entrar naquele quarto escurecido pela ausência de janelas ou vida que pudesse sentir.

Encostei a ponta dos dedos à húmida madeira daquela porta envelhecida e senti o ranger acompanhando a sua abertura... não vejo ninguém... Mergulhada numa cegueira temporária, avanço, temerosa com as mãos estendidas, procurando um amparo, o teu amparo... Procuro, no meio de toda esta sombra, os teus dedos, o teu toque, o teu abraço... sentir que estás comigo e que, mesmo sem te conseguir ver, possa sentir-te e saber inexoravelmente que jamais me deixarás perecer nesse habitáculo escuro onde me vi entrar, nesse mundo de sombras que criaram para mim...

<3

quarta-feira, 18 de março de 2009

Just a shadow of what we were

Alheados do mundo, vamos percendo, a pouco e pouco, nas palavras que nos tormentam. Olhamos de soslaio quem passa e não tentamos abstrair-nos do que nos transcende... e assim somos, mesquinhos e cruéis. Afirmamos ser diferentes, mas tudo na nossa natureza se equipara e não somos capazes, em momento algum, de aceitar a diferença, que nos torna seres especiais. Seremos alienados e nada da nossa essência restará... seremos cinza, seremos pó... sombras do que fomos outrora... gentes!

domingo, 1 de março de 2009

A perfect Circle

Para os que me vão lendo e vão tendo em conta, ainda um pouco que seja, as minhas sugestões musicais, vai ficar aqui, neste post, uma nova sugestão... Desde há uns meses que, sempre que posso despender de algum tempo (algumas madrugadas, como hoje), vou tentando ouvir algumas bandas, numa tentativa de me actualizar. A verdade é que, nos últimos tempos, tem calhado, em sorte, a insistência rotativa na banda "A Perfect Circle".

Trata-se de uma banda oriunda dos Estados Unidos. Optam, regra geral, por um rock alternativo muito limpo e com malhas de guitarra, no fundo, tão negras e divinais como as próprias letras. Ao ouvirem, certamente terão a mesma sensação que eu: mas que negro!!! Mas para quem se acostumou a soronidades como as de "Tool", aconselho vivamente a ouvirem alguns dos temas de "A Perfect Circle". Apesar de todo o "Emo" aliado à constante referência à morte, que emerge da grande maioria dos temas, penso terem uma sonoridade muito sóbria e as suas letras, apesar de assentarem em tópicos que, infelizmente, foram banalizados da pior forma possível por outras bandas, tentam transmitir uma visão mais humana desses mesmos. Tenho vindo a gostar e não sabia bem qual dos temas apresentar, visto que têm uma série, ao longo de toda a discografia [composta pelos albúns "Mer de Noms", "Thirteenth Step", "eMOTIVe/aMotion", "Hiatus"] que se destaca. Nesse sentido, decidi postar dois (os que mais me ressoaram no ouvido), ambos pertencentes ao alinhamento de "Thirteenth Step".

The Noose



Blue

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Desafio Wordle

Diz que, no dia do qual já me despedi, alguém (Kal-El) me convidou a participar num desafio, o desafio Wordle. Segundo o que pude perceber, esta aplicação java permite visualizar, de forma graficamente agradável, a listagem das palavras mais utilizadas no blog em questão. Eu, como sofro de algum tipo de atraso e ainda uso o explorer (e uma pessoa leva para as orelhas por causa disso, não é Filipe? LOL), não conseguia levar a cabo este desafio, devo a ajuda ao incitador do movimento, que me auxiliou, apesar da sua bolha:) LOL

E o resultado é este...




Passo então a palavra a todos (escassos) olhos que me lêm, para que tenham a liberdade de participar neste desafio blogueiro:)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Se pelo menos pudesse agarrar o céu...


Ou não fosse este o meu local de encontro...

Seja qual for o momento, nesta vida, não saberei jamais enquadrar-me com os demais.

Fugi ao convencional e não me fecharam na jaula ao perderem a força para me prenderem aos maquinismos, aos pré-conceitos, às ideias emprestadas e às emoções fingidas.

Nasci selvagem já entoava a música, nem sequer tentaram domar-me, nem eu talvez tenha permitido e, por mais que tente agora, sou impossível de domar... de trazer por casa. De ser moldada à imagem de um alguém sem nome que porventura me tenha criado.

Não sei onde pertenço, a quem respondo pelos meus actos impensados nem onde encontrar um sítio que possa chamar meu. Fugi ao convencional e não sei fingir que o sou... talvez tenha conseguido, por momentos fazê-lo, aos olhos cegos de uma sociedade que confia nos seus ébrios líderes... mas já não sei mais e não consigo mais forçar as máscaras que encontrei perdidas por aí.

AI! Quero tanto saber integrar-me num mundo que seja meu, onde respire a minha vontade, aspire os meus sonhos e viva as minhas desilusões, sem que ninguém me dite como fazê-lo.

Estou farta das tuas imposições sociedade febril e mais ainda que esperes o que jamais te poderei dar. Não sou perfeita, perdi essa perfeição assim que assentei pés neste mundo físico que me corrói e me faz desejar partir para um outro... Pára com as falsas expectativas... sou apenas humana, erro, corro, caio e morro, sem que te recordes de quem fui afinal... do que representei para ti e a mudança que te operei. Porque um dia aqui cheguei, não fui convencional... e deixei o fóssil da minha existência... não esperes mais do que a humanidade que te posso dar...
Se pelo menos pudesse agarrar o céu...

Fala baixinho


Naquela paisagem que nunca esqueço, aquela que me acompanha, desde que me conheço, retiro o marulhar que ainda hoje ecoa nos meus ouvidos.

Atónita olho ainda aquele mar bravio com o qual me fundi, tal qual a distante e infinita linha do horizonte - infinitos meus desejos. Ruí no momento em que os teus ruídos me fizeram esquecer aquele mundo, o meu mundo, a minha paisagem e a minha paz relativa. Fala baixinho por favor...!

Deixa-me ouvir o mar e entregar-lhe os meus pensamentos em mão. Tomá-lo como confidente e olhá-lo eternamente, à minha cabeceira.

Deixa-me sentir o seu desaguar nos dedos dos meus pés descalços e já tão flagelados dos afiados xistos que foram crescendo no solo... Fala baixinho e deixa-me ouvi-lo falar e afogar-me os medos nas suas ondas que crescem e que não cessam.

Deixa-me interrogá-lo e ouvir, no marulho intenso e no replicar dos rochedos, a resposta para as minhas questões...
... até encontrar a minha paz, por favor, fala baixinho, não te faças ecoar nos pensamentos e emoções que não sei sentir e que não saberei tão pouco explicar... deixa-me ouvir o mar... deixa-me descansar...!




Foto by me:)

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

"Não é Caroline, é Coraline!:)"


Pois é... e como o prometido é devido, sempre fui ver, numa sessão exclusiva, o filme "Coraline" (isto porque os portugueses são mesmo animais de hábitos e, obviamente, os filmes lotados pertenciam aos leques dos premiados dos Óscares, dos quais ressalto "Slumdog Millionaire"). Mas, o que realmente interessa, é que tínhamos a sala só para nós e partilhávamos, com gente nenhuma, o desfrutar de uma boa produção cinematográfica. Pois é, "Coraline" nao desiludiu, nem por um minuto... Se se gostar de animação, é impossível não se amar este filme, desde a manufactura de cada personagem e cenários, até à edição, passando pela banda sonora, tudo esteve na maior das perfeições. Pormenores aqueles aliados a um argumento que nos faz recordar os contos de fadas da nossa infância, adaptados aos nossos dias, abolindo totalmente a ideia de herói-príncipe e vítima-princesa, conferindo, apesar de todo o grotesco, um racionalismo relativo à acção. GOSTEI! Um filme movimentado (mais do que a generalidade dos filmes de animação)e que aconselho a miúdos e graúdos.


Fonte Imagem: http://www.suvudu.com/mt/mt-search.cgi?blog_id=2&tag=children's%20books
Imagem sujeita a direitos de autor.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Quando...

... vinte peças de dominó humano, se juntam na festinha de Carnaval da Paróquia de Vilar do Paraíso, só se ganha o primeiro prémio. A iniciativa das irmãs Silva (looool) resultou numa noite divertidíssima, repleta de mistério (pois ninguém sabia quem éramos na realidade) e de muito espírito carnavalesco. Por todos estes motivos, uma entrada no Carnaval, com o pé direito.

P.S. Quando tiver fotos, anexo:)

Relembro ainda qe juntei, à minha lista de "amiguinhos na web", o blog de um coleguinha da Serafim Leite (boblog), toca a visitar, é interessante!

Bom fim-de-semana

Boas festividades

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Mundos paralelos

Na indústria do entretenimento, não há nada que me traga tanta satisfação, como um bom filme e a verdade é que, por mais infantil que isto pareça, estou "morta" por ver o filme "Coraline", de Henry Selick, o realizador de "THE NIGHTMARE BEFORE CHRISTMAS". "Coraline" é baseado no "best-seller" homónimo de Neil Gaimans. Já sei que é de animação e já tenho idade para ter, pelo menos, um pouco mais de juízo, mas tenho uma paixão secreta (ou não tão secreta como isso) por filmes de animação, principalmente os que misturam um relativo toque de grotesco com a graciosidade natural de um tão infantil desenho animado.


Acerca deste filme, devo acrescentar que é o primeiro filme de animação gravado em real 3D (3D estereoscópico) o que, pela minha ignorância a nível de produção cinematográfica, me leva a crer que terá de ser visto com óculos especiais (e eu vou ver novamente as pipocas da Vodafone a saltarem para cima de mim - um comentário que apenas será compreendido por um escasso número de leitores, mas que não deixa de ter uma certa piada). Para além disso, posso deixar a sinopse que recolhi do site
http://www.cinemacity.pt/:

Coraline é uma menina que sonhava viver num mundo melhor, com mais diversão e emoção. Ao mudar para uma nova casa, encontra uma porta trancada. Depois de muito tentar, consegue abri-la. Descobre um mundo onde tudo é alegre e os seus pais são sempre divertidos. A princípio, a única coisa estranha é que as pessoas têm botões no lugar dos olhos. Aos poucos, descobre segredos, percebe que está em perigo e vê que o mundo real não era tão mau assim.

Fica a página oficial do filme:
http://www.coraline.com/

E deixo ainda o trailler para os mais curiosos... Boas viagens cinematográficas!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Tudo o que ficou por dizer...

Filipe: Ei, já não escreves no teu blog há muito tempo!
Andreia: Pois é, não tenho tido tempo, blá, blá, blá....
Pois é... Há muito que não encontro no espaço que chamamos tempo, uma pequena brecha, para que possa dedicar-me à minha escrita, neste espaço que tanto prezo... a verdade é que a mudança é boa, o que não quer dizer, obrigatoriamente, que não nos obrigue a sacrifícios... É que, pelos melhores motivos, a minha vida deu uma grande reviravolta a nível profissional, o que me tem tomado muito tempo, porque pela primeira vez, estou a fazer aquilo para o qual tenho a noção que fui talhada... e se, por um lado o entusiasmo me desviou as atenções, a acumulação de trabalho e um pouco de superstição de não tornar isto público, tem-me afastado deste pequeno espaço.
A verdade é que encontro estabilidade e eu sou uma daquelas pessoas um tanto ou quanto anormais, que parece só escrever bem quando está no fosso ou num período de tédio brutal... O que não tenho acontecido.:)
Mas sempre venho dar satisfações, o que não é mau:)
... muito ficou por dizer nesta longa interrupção. Palavras ficaram guardadas nas gavetas, misturaram-se e deixaram de fazer sentido... pelo menos perderam o sentido que originalmente lhes dava. Ficaram por partilhar revoltas por o destino nem sempre nos favorecer, ficaram por trocar alegrias, para aqueles que gostam de as ler e solidariamente as compartilham num acto altruísta e raro de puro companheirismo. Ficaram por contar caminhos percorridos, quedas avulsas e combates perdidos... e quantos dos sonhos não partilhei enquanto que as horas se declinavam e nem mesmo o sol brilhava o tempo suficiente.
Que o tempo não volte a ultrapassar a imensa vontade que tenho de escrever, embora poucos leiam, contento-me com o simples facto de poder contar com a evasão que a escrita me dá... vou passando por aqui.:)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Depois da tempestade... enfim, uma relativa bonança...

Quanto, da contagem das nossas horas, passamos com o rosto disforme apoiado nas mãos côncavas, enquanto o desespero toma os nossos olhos e as nossas emoções... quanto tempo choramos nós? Tanto quanto passamos a sorrir, ou até mesmo muito mais...


Mas já a sabedoria popular nos conta que "Depois da tempestade vem a bonança"

E tenha-se baseado este juízo numa experiência de vida, numa investigação ou até mesmo na sentença de alguém que apenas precisava de se tranquilizar perante a adversidade, certo é, que podemos aplicar este adágio, inúmeras vezes, ao nosso efèmero percurso de vida... E depois de tanto lutar, de tanto chorar, de tantas batalhas perdidas... eis que chega a tão ansiada bonança...