sexta-feira, 11 de junho de 2010

Verdadeiramente livres

Sinto saudades dos tempos em que corríamos incessantemente por essa areia pura, amiga desse mar repleto de ondas num vaivém frenético. Olhávamos para trás observando, sôfregos ainda, o itinerário complexo que marcáramos e que as ondas ainda não haviam apagado. Oiço o som daquele mar ondulante, bravo e selvagem, como outrora fomos, e na minha mente apenas ecoam as gargalhadas dos tempos em que realmente éramos felizes. A liberdade apossara-se de nós e medo algum nos intimidaria de tomar as decisões que hoje nos parecem tão difíceis e insolúveis.

Quero tornar a deixar os meus pés descalços tocarem essa areia pura, quero voltar a sentir que a leveza do que somos e a pureza que nos preenche é suficiente para habitarmos este planeta que nos acolheu nús e vazios de todos os preconceitos que hoje nos corrompem.

Quero acreditar que o amor que sentimos é mais que suficiente para podermos ignorar os vícios que nos tomam e que nos obrigam a sermos vulgares, iguais a todos os outros, indiferentes e dependentes de todas as convenções que nos rodeiam, e voltarmos a ser assim... verdadeiramente livres... apenas nós... sermpre e unicamente tão especiais...

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