quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Se pelo menos pudesse agarrar o céu...


Ou não fosse este o meu local de encontro...

Seja qual for o momento, nesta vida, não saberei jamais enquadrar-me com os demais.

Fugi ao convencional e não me fecharam na jaula ao perderem a força para me prenderem aos maquinismos, aos pré-conceitos, às ideias emprestadas e às emoções fingidas.

Nasci selvagem já entoava a música, nem sequer tentaram domar-me, nem eu talvez tenha permitido e, por mais que tente agora, sou impossível de domar... de trazer por casa. De ser moldada à imagem de um alguém sem nome que porventura me tenha criado.

Não sei onde pertenço, a quem respondo pelos meus actos impensados nem onde encontrar um sítio que possa chamar meu. Fugi ao convencional e não sei fingir que o sou... talvez tenha conseguido, por momentos fazê-lo, aos olhos cegos de uma sociedade que confia nos seus ébrios líderes... mas já não sei mais e não consigo mais forçar as máscaras que encontrei perdidas por aí.

AI! Quero tanto saber integrar-me num mundo que seja meu, onde respire a minha vontade, aspire os meus sonhos e viva as minhas desilusões, sem que ninguém me dite como fazê-lo.

Estou farta das tuas imposições sociedade febril e mais ainda que esperes o que jamais te poderei dar. Não sou perfeita, perdi essa perfeição assim que assentei pés neste mundo físico que me corrói e me faz desejar partir para um outro... Pára com as falsas expectativas... sou apenas humana, erro, corro, caio e morro, sem que te recordes de quem fui afinal... do que representei para ti e a mudança que te operei. Porque um dia aqui cheguei, não fui convencional... e deixei o fóssil da minha existência... não esperes mais do que a humanidade que te posso dar...
Se pelo menos pudesse agarrar o céu...

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