sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Alquimia da Felicidade

Descobrir o segredo, a fórmula que um qualquer alquimista tenha inventado para tornar a vida que, como um fardo, por vezes transportamos, não é fácil. Cheio de mensagens subliminares, cheio de metáforas só ao alcance dos mais hábeis tradutores das emoções humanas, de mensagens codificadas, de imagens cortadas a meio e de ideias fragmentadas está o segredo que compõe aquela tão procurada fórmula. Sistemas de equações, fórmulas físicas, caracteres gregos, claves indecifráveis... todas escondem o segredo que todos ansiamos descobrir.

A verdade é que nunca somos felizes, porque expectamos muito mais que o destino nos pode porventura oferecer, queremos sempre mais e melhor, tudo o que possuímos nunca chega, porque  queremos sempre o que os outros têm e caímos no erro de ansiar mais os sonhos e concretizações forjados pelos demais do que as nossas próprias fantasias... até que perdemos a identidade e não sabemos mais o que nos faz feliz. Ansiamos o que não é nosso e nunca há-de ser, aquisições, que mesmo concretizadas, não sabemos se nos levariam até às passagens onde reside a felicidade.

Muitos de nós chegam ao fim dos tempos sem cumprir sequer um sonho próprio, que não tenha sido manipulado por uma sociedade de hábitos rotineiros, iguais e maneiristas.

Perdemos tanto tempo nessa busca infrutífera, que nem sequer nos apercebemos que, afinal, muitos estiveram vazios e nós cheios. Podem não nos ter dado os sonhos, mas deram-nos as ferramentas para que as soubéssemos utilizar. Porém, perdemos tanto tempo nas outras conquistas que nem exploramos o que nos foi dado à nascença e que permitiria conseguir concretizações muito mais significativas do que as que a riqueza material garante…

Num período em que quem tem o poder são os senhores do dinheiro, há que olhar para os nossos instrumentos e tocá-los numa composição única e irrepetível. 

Não atingiremos o poder soberano, certo é, mas a imortalidade… qual destes sonhos afinal será o melhor?




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