quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O valor das coisas

Os tempos repetem-se, ciclicamente vivemos e revivemos o calendário para, por fim, voltarmos ao início comprazidos pela sucessão de dias que nos remetem para um passado, que nos entregam um momento presente e nos oferecem um futuro. Tempos após temos, anos após anos, meses após meses, dias após dias sucedem-se, mas não se repetem porém as vivências. Porventura é essa condição que nos afasta das máquinas, que nos torna inteligíveis e sensíveis a um mundo exterior que não podemos controlar.

Uma vez mais uma experiência termina, quase ciclicamente na mesma data que outras semelhantes. Mas nunca iguais… mudam-se as gentes, mudam-se os rostos, mudam-se as circunstâncias e até mesmo os laços. E uma vez mais fica a nostalgia e o desejo, embora utópico, de retomar os tempos já passados, de agarrar esse pretérito e torna-lo presente e até mesmo futuro. Mas muito dificilmente a experiência se repete e nunca voltaremos a ser tão felizes quanto da primeira vez. Restam as memórias e a ânsia de que, quando o mundo completar as voltas necessárias, nos voltemos a encontrar e a partilhar dos mesmos sorrisos que agora gravo na memória… que essa sim, permanece, muito menos volátil do que o tempo.

Obrigada por mais um ano, por um ano excecional que ajudaram a construir. Obrigada pelos momentos. Obrigada pelo companheirismo, altruísmo e compreensão. Obrigada pelos laços desprovidos de qualquer interesse secundário. Obrigada por acreditarem em mim e me fazerem acreditar que posso ser melhor e atingir todo o meu potencial apesar das dificuldades que sempre enfrento…

Fico grata por, embora as minhas experiências serem tão fugazes, valerem sempre a pena e deixarem sempre o desejo de voltar a repeti-las…

E embora já muito repetida a frase, não vejo outra que se adeque tão bem ao que tenho vivido como a seguinte:

“O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”
(F. Pessoa)
Aos colegas da EB 23 B.C.; 
aos colegas das escolinhas, 
aos meus meninos que fazem sempre valer a pena a experiência...

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