quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Contando os passos (17/09/2008)

Há dias assim, em que a Andreia faz falta, para que a possa chatear incessantemente com as minhas lamurias e cusquices, isso já faz parte do meu dia, ela não está online, há que fazê-lo dentro da minha própria cabeça...

Não há assim tanto para ser dito, mas a verdade é que, quando se comunica com alguém, sempre se arranja tópico, por mais fútil que seja... e se falamos em futilidades, pronto, aqui vai:)

Hoje já tive oportunidade de passear, fui até ao Porto, e embora em trabalho e na pressa que o urbanismo nos exige, tive tempo para contemplar as pessoas, os edifícios e as paisagens, que parecem muito mais belas nestes dias que escolhem ser cinzentos... é uma cor que combina com o "meu velhinho e cansado Porto". Os edifícios degradados, mas de uma beleza ancestral, as pessoas, correndo em fúria, mas sempre dispostas a abrandar o seu ritmo para conceder uma informação altamente pormenorizada àquele jovem que não se sabe ainda situar. Os veteranos envergando o seu traje preto, prontos para mais uma afável (ou não) recepção aos caloiros (que saudades). Senhores velhinhos que conversam nas entradas das lojas, protegendo-se de um sol inexistente, mas de luz persistente. O sorriso fraterno de todos aqueles que não nos conhecem, mas que sentem que, por algum motivo, uns "Bons dias filha!", nos vão fazer sentir bem melhor e colocar um sorriso na cara. É por isso que me apaixonei por esta cidade, por este povo, por estes costumes... Virei a esquina em direcção à Rua da Fábrica, mas antes parei frente a uma loja de Instrumentos musicais... Mentalmente, toquei em cada um deles, com o cuidado que cada um merece... entrei e comprei a corda que faltava ao meu Bandolim (antes de empenar o braço do pobre coitado). Continuei a busca pela Óptica Soares e ao virar o quarteirão, deparei-me com mais uma imagem estranhamente familiar... uma rua estreita, onde mal cabe um carro, repleta por uma invejável moldura humana, dos que se acotovelam, dos que caminham em contemplação, dos que apenas estão de passagem, dos que buscam um paradeiro definido e dos que apenas passeiam sem destino qualquer.

Pode não ter sido uma manhã de sonho, posso nem sequer ter nenhuma novidade digna de notícia, mas foi especial... Contemplativa... E se a Andreia estivesse online, era isto que lhe contaria...

P.S.: Ei, estava aqui a escrever e a lembrar-me do Pedro. Este rapaz vai para Barcelona e não me diz nada e o pior é que eu também gostava de lá ir. Pedrocas, eu sei que vens aqui cuscar o meu blog quando chegares, por isso, faz favor de me convidares para um café, não te mando sms nem ligo, porque eu sei que isto dos "roaming" sai caro e não me arrisco a deixar-te sem saldo no telemóvel... quero ouvir histórias dos teus passeios, diz coisas está bem? :)

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