quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Não teremos falhado todos? (28/08/2008)

Que o que distingue as nossas vivências é o trabalho, o esforço, a dedicação e o sofrimento que muitas vezes estas acarretam... e o que nos distancia do erro é uma linha muito ténue em que não é permitida a passagem de emoções, de sentimentos e de tudo o que se afasta do racional. Muito difícil é, porém, separarmos a nossa mente daquilo nos faz bater os corações... E caimos no erro repetidamente ao longo das nossas vidas... apaixonamo-nos por quem não devemos, entregamo-nos a quem simplesmente não merece, descuramos daqueles que que nos afagam...
Certo é que, depois de tanto erro, alguém sai magoado, aborrecido, chateado... quebram-se os laços, desfazem-se ternuras, arrancam-se os abraços e nada mais resta para além da angústia e do râncor... Porquê? Porque é do humano investir tudo o quanto tem de emocional para dar nas suas relações, e porque ao olharmos para o nosso umbigo, perdemo-nos e calcámos os que nos rodeiam. Porque nem sempre ouvimos os clamores dos que sofrem, enquanto caminhamos ilesos, deixando para trás alguém especial... o que só sentimos quando não há volta a dar.
Um ano difícil este, um período complicado... muitas pedras no caminho, um sem número de incertezas e outras quantas desilusões... muita gente a olhar de revés, gente a mais para continuarmos na convicção de que somos sempre os mesmos que éramos antes de cometermos o erro que nos mutilou. Muita ansiedade, muitas lágrimas, muitos tropeções, poucos abraços... muita, muita falta de compreensão e sensibilidae... falhei, tropecei, mas não teremos falhado todos?

:'(

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